Atletas de Capricórnio? De touro? Pesquisa revela qual a resposta sobre os medalhistas nascidos no início do ano e o que eles têm em comum
Já foram 13 medalhas olímpicas conquistadas pelos atletas brasileiros, e as atenções se voltam para quem as conquistou durante as Olimpíadas realizadas em Paris. E tem algo que tem chamado a atenção… a data de nascimento dos atletas.
É que curiosamente todos nasceram entre janeiro e maio. A coincidência chamou a atenção e fez com que as pessoas se perguntassem se os astros teriam alguma relação com esse alto desempenho mas calma, já adiantamos, não tem. Mas antes vamos explicar as tais coincidências: quatro atletas que conquistaram medalhas nasceram no primeiro trimestre de seus respectivos anos, são eles: Caio Bonfim – prata na marcha atlética – 19 de março de 1991; Larissa Pimenta – bronze no judô – 1º de março de 1999; Willian Lima – prata no judô – 31 de janeiro de 2000 e Rayssa Leal – bronze no skate street – 4 de janeiro de 2008. Há também três que nasceram no mês de maio: Rebeca Andrade – ouro, duas pratas e um bronze (por equipes) – 8 de maio de 1999; Beatriz Souza – ouro no judô – 20 de maio de 1998 e Tatiana Weston-Webb – prata no surfe – 9 de maio de 1996.
O que especialistas dizem que a data de nascimento pode sim, ajudar na carreira de um atleta, e esse processo tem até nome: efeito da idade relativa.
O que é o efeito da idade relativa?
Todo futuro atleta, quando crianças são treinadas por categorias definidas por idade. Acontece que quem nasceu em janeiro acaba tendo um desempenho melhor do que quem tem a mesma idade, mas nasceu em dezembro, por exemplo. Justamente porque essa criança acaba sendo mais madura que a outra.
Isso faz com que crianças que estão em fases de desenvolvimento diferentes acabem competindo juntas, e as que se desenvolveram mais se destacam mais também.
Não tem nada a ver com signo. Acontece que essa criança que nasceu em janeiro entrou na puberdade antes da que nasceu em dezembro. Isso vai fazer com que ela tenha mais massa muscular, mais potência, melhor capacidade aeróbia e se destaque, na média, mais do que a que nasceu depois, explica Bruno Gualano, pesquisador da USP e especialista em esporte.
O especialista explica ainda que acaba havendo uma ‘seleção artificial’ em que a criança com mais desenvolvimento, acaba ganhando mais espaço nas categorias e chegando ao alto rendimento.
A idade influencia, mas não é determinante. Outros fatores como oportunidade de treinamento, com acesso à tecnologias que promovam o desenvolvimento; genética e até mesmo resiliência.
E aí, faz sentido para você?
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