Cenipa aponta falha durante pouso como causa inicial; vítimas seguem em recuperação.
O trágico acidente aéreo ocorrido em Ubatuba, que resultou na morte do piloto Paulo Seghetto e deixou outras cinco pessoas feridas, completou uma semana nesta quinta-feira (16). O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou um reporte preliminar na quarta-feira (15), destacando que a aeronave excedeu o limite da pista durante o pouso, colidindo com um alambrado antes de parar fora da área do aeródromo.
O Cenipa informou que a investigação está em andamento e será concluída o mais rápido possível, embora ainda não haja prazo definido. Segundo o órgão, além da vítima fatal, três dos quatro passageiros sofreram ferimentos graves, enquanto outro teve lesões leves. Duas pessoas que estavam fora da aeronave também ficaram feridas: uma em estado grave e outra com ferimentos leves.
INVESTIGAÇÕES EM QUATRO FRENTES
A tragédia está sendo investigada sob diferentes aspectos:
Cenipa: analisa as causas técnicas e operacionais do acidente;
Polícia Civil e Polícia Federal: apuram possíveis responsabilidades criminais;
Ministério Público de São Paulo: verifica a regularidade da aeronave e do aeroporto.
ESTADO DAS VÍTIMAS
Entre as pessoas feridas, uma professora de Belo Horizonte foi atingida pelas chamas na orla da praia durante a explosão e permanece internada, em estado estável, sem previsão de alta.
Já os passageiros sobreviventes — um casal e duas crianças — foram transferidos para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no dia seguinte ao acidente. O hospital não divulgou atualizações sobre o estado de saúde deles.
O acidente expõe a necessidade de reforço na segurança operacional de aeroportos e aeronaves, enquanto as investigações buscam esclarecer as causas e responsabilidades por essa tragédia.