O cenário político em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, tem sido marcado por controvérsias envolvendo a candidatura do engenheiro Daniel, do União Brasil, à Prefeitura.
O candidato, que já foi derrotado nas eleições de 2020, agora conta com o apoio de Ney Santos, prefeito de Embu das Artes, conhecido por suas supostas ligações com o crime organizado e um histórico de prisões e investigações.
Ney Santos, que ficou preso por dois anos, ao sair da cadeia, construiu uma rede de postos de combustível e entrou para a política. Hoje, como prefeito de Embu das Artes, ele busca expandir sua influência em outras cidades da região, como Itapecerica da Serra e Taboão da Serra, onde apoia a candidatura de Engenheiro Daniel. Após perder as eleições de 2020, Daniel rompeu com seu padrinho político, o ex-prefeito Fernando Fernandes, e se uniu a Ney Santos, aceitando um cargo de secretário em sua gestão.
A aliança com Ney Santos gerou grande desconfiança na região, especialmente devido às suas ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o envolvimento em esquemas de corrupção. A presença de Ney Santos em três importantes cidades do Grande São Paulo – Embu das Artes, Itapecerica da Serra e Taboão da Serra – é vista como uma tentativa de consolidar o controle político e econômico na região, possivelmente a serviço de interesses criminosos.
O Ministério Público tem intensificado operações para combater o avanço do crime organizado nas administrações municipais, mas a dúvida persiste: a população de Taboão da Serra estará disposta a eleger um candidato que pode facilitar a lavagem de dinheiro e favorecer empresas de fachada em licitações públicas?
A candidatura de Engenheiro Daniel, com o apoio de Ney Santos, coloca em xeque a integridade política de Taboão da Serra, levando a população a refletir sobre o futuro da cidade, que corre o risco de cair nas mãos de interesses ilícitos.
