Após quase três semanas de paralisação, a greve dos professores e servidores públicos municipais de São Paulo foi encerrada na terça-feira (6 de maio), após acordo com a Prefeitura.
A paralisação havia começado em 16 de abril. A decisão pelo fim da greve foi tomada em assembleia organizada pelo Sindsep, após a gestão Ricardo Nunes (MDB) apresentar um protocolo de entendimento com compromissos para dar continuidade às negociações da campanha salarial de 2025.
Entre os pontos acordados estão:
* Compensação dos dias parados sem prejuízo aos servidores;
* Retomada das discussões sobre saúde mental;
* Avaliação de mudanças na legislação de férias;
* Valorização do Quadro de Apoio à Educação;
* Pagamento da 1ª parcela do Prêmio de Desempenho Educacional até agosto;
Também foi encerrada a ação judicial de dissídio de greve movida pela Prefeitura. Como contrapartida, os servidores aceitaram retornar ao trabalho e organizar a reposição dos dias não trabalhados.
Apesar do reajuste salarial escalonado aprovado pela Câmara Municipal (5,15% em duas parcelas: 2,60% em 2025 e 2,55% em 2026), os sindicatos consideram o índice insuficiente diante da inflação acumulada de 5,65% no período. Eles reivindicavam reajuste de 44% para a educação, incorporação de abonos e redução da alíquota previdenciária de 14% para 11%.
Por Hosana Menezes