Relatório aponta maior desequilíbrio financeiro da gestão do ex-prefeito Felipe Augusto.
A Prefeitura de São Sebastião encerrou o ano de 2024 com um déficit histórico de R$ 670 milhões, conforme matéria publicada pelo jornalista Helton Romano na última sexta-feira (3 de janeiro). O valor reflete a diferença entre as despesas empenhadas e as receitas arrecadadas.
Dados do Portal da Transparência revelam que, no período, a Prefeitura arrecadou pouco mais de R$ 1,6 bilhão, enquanto as despesas empenhadas alcançaram R$ 2,3 bilhões, configurando o maior déficit da gestão de Felipe Augusto. As despesas liquidadas – aquelas efetivamente realizadas e atestadas – somaram aproximadamente R$ 2 bilhões, com uma dívida de R$ 90 milhões repassada para a nova administração, exigindo quitação em curto prazo.
ALERTAS DO TCE E CRESCIMENTO DO DÉFICIT
Ao longo de 2024, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) emitiu diversos alertas para a Prefeitura, apontando o risco de desequilíbrio financeiro e o aumento irregular de despesas com pessoal, prática proibida nos seis meses finais do mandato.
Em dezembro, uma reportagem da TV Vanguarda destacou que São Sebastião apresentava o maior déficit orçamentário entre os municípios do Vale do Paraíba e Litoral Norte.
QUESTIONAMENTOS SEM RESPOSTAS
Helton Romano questionou a Prefeitura sobre os saldos das contas bancárias disponíveis em 31 de dezembro, mas não obteve resposta. Para buscar esclarecimentos, protocolou um pedido formal de acesso aos extratos financeiros por meio do Serviço de Informação ao Cidadão.
DESAFIOS PARA A NOVA GESTÃO
O cenário financeiro deixa um desafio significativo para a administração atual, que precisará estabilizar as contas públicas e atender às pendências herdadas. O caso também reforça a importância da gestão responsável dos recursos públicos para evitar crises orçamentárias futuras.
Por Jornalista Helton Romano.