Nos finais de semana, as periferias de São Paulo são tomadas por jovens e adolescentes nos fluxos e bailes de rua, especialmente o funk, que chegou à cidade nos anos 2000.
O movimento cultural, de forte identidade negra e periférica, enfrenta repressão constante do poder público, através das chamadas “operações pancadão”, agora chamadas “Operação Paz e Proteção”. De 2012 a 2024, pelo menos 16 pessoas foram mortas e 6 adolescentes perderam a visão nessas operações, incluindo o caso de um adolescente de 16 anos baleado na cabeça em Guarulhos.
O Massacre de Paraisópolis, em 2019, com 9 mortos, é o episódio mais letal, e o caso ainda está em andamento na Justiça. A pesquisa também revelou um aumento de 1.771% nas operações em Paraisópolis entre 2016 e 2022. Esses dados demonstram a ineficácia das operações policiais em impedir os bailes, além de seu alto custo social e humano.