Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, corretor de imóveis e réu por lavagem de dinheiro do PCC, foi executado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro de 2024.
Ele havia colaborado com o Ministério Público de São Paulo, entregando informações sobre esquemas criminosos do PCC e corrupção policial, além de detalhar operações de lavagem de dinheiro, como a compra e venda de imóveis e postos de gasolina, que envolviam cerca de R$ 30 milhões provenientes do tráfico de drogas.
Gritzbach também tinha influência dentro do PCC, chegando a participar do “tribunal do crime”, e estava comprometido em fornecer mais informações sobre a facção. As investigações indicam que sua morte pode ter sido uma “queima de arquivo”, motivada por vingança.
Antes de se envolver com o crime, Gritzbach trabalhava como corretor de imóveis no Tatuapé, onde começou a negociar com Anselmo Bicheli Santa Fausta, conhecido como “Cara Preta”. Este criminoso, ligado ao PCC, investia dinheiro do tráfico em imóveis e criptomoedas, e Gritzbach facilitava essas transações, incluindo o uso de “laranjas” para aquisição de propriedades. No entanto, uma disputa sobre R$ 200 milhões investidos em criptomoedas, quando Gritzbach não devolveu parte do montante, teria culminado na morte de Cara Preta e de seu motorista em uma emboscada, com Gritzbach sendo apontado como mandante do crime.
O assassinato de Gritzbach é visto como uma possível retaliação devido às suas delações e envolvimento com a facção.