A sequestradora que fez uma mulher refém em um ponto de ônibus na Avenida Paulista, Centro de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (9), praticou o mesmo ato no ano de 2018, inclusive no mesmo ponto de ônibus (leia mais abaixo).
À época, ela foi considerável inimputável pela perícia técnica — ou seja, ela não tinha a capacidade de entender o caráter ilícito da ação — e absolvida criminalmente pela Justiça de São Paulo.
Ela teria, no entanto, que passar por tratamento ambulatorial pelo prazo de um ano. Houve também a recomendação de que fosse realizado um tratamento regular em uma unidade do CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).
Em outubro deste ano, a mulher foi considerada “estável” por uma médica psiquiatra da Prefeitura de São Paulo.
Segundo boletim do caso desta segunda (9), a mulher apresentava “informações desconexas e demonstrava confusão mental” durante a ocorrência.
A vítima foi ameaçada com uma faca no pescoço. Testemunhas registraram a ação (imagem acima).
Segundo o documento, a mulher exigia conversar com a imprensa. Na delegacia, após ser presa em flagrante, ela preferiu se manter em silêncio.
A vítima contou aguardar o ônibus para uma consulta médica quando foi surpreendida pela agressora.
A Polícia Militar recebeu o chamado às 12h13 e enviou equipes para negociar a rendição. Todas as faixas da avenida, no sentido Consolação, foram interditadas em frente ao prédio da Faculdade Cásper Líbero.
Após cerca de 40 minutos, policiais usaram uma arma de choque para imobilizar a sequestradora e libertaram a mulher. A vítima estava ilesa, mas foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vergueiro.
Pedestres que acompanhavam a negociação da rendição chegaram a comemorar o fim do sequestro.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que “a Polícia Militar atendeu, no início da tarde desta segunda-feira (9), a uma ocorrência envolvendo uma mulher armada com uma faca, mantendo outra mulher como refém em frente ao prédio da Gazeta, na Avenida Paulista, região central de São Paulo”.
“Equipes isolaram a área com apoio de viatura e, após uma breve negociação, os policiais usaram uma arma de choque para neutralizar a autora, sem necessidade de outros disparos. A vítima saiu ilesa. A autora foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vergueiro para avaliação médica e, posteriormente, conduzida ao 78º Distrito Policial (Jardins), onde a ocorrência está sendo registrada.”
A PM também divulgou imagens das câmeras corporais dos policiais que mostram como a PM neutralizou a mulher com armas não letais.