Guilherme Derrite é investigado por possíveis práticas de improbidade administrativa.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) solicitou esclarecimentos do secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, sobre o suposto uso irregular de aeronaves da Polícia Militar para o transporte de amigos e familiares. A ação ocorre após uma representação da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que pede investigação por improbidade administrativa.
Derrite é acusado de utilizar o helicóptero Águia 33, da Polícia Militar, para transportar a esposa grávida de um amigo até o Hospital Albert Einstein durante o feriado de 7 de setembro. Além disso, um amigo do secretário teria estacionado um jato particular no pátio de aeronaves da PM no Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, por 24 horas. Esse jatinho teria sido usado para uma viagem de Derrite à Bahia.
A denúncia, baseada em informações publicadas pela revista Piauí, aponta também que um dos empresários envolvidos no transporte do secretário é conselheiro de uma empresa com mais de R$ 15 milhões empenhados pelo governo paulista. O caso foi investigado inicialmente pelo portal Metrópoles.
O PT destaca que a conduta do secretário pode violar o Código de Ética da Administração Pública, que proíbe agentes públicos de aceitar benefícios, como transporte particular ou favores que caracterizem vantagem indevida.
Em resposta, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que recebeu a representação encaminhada pelo Ministério Público e que “prestará as informações cabíveis”. As investigações continuam, com foco em esclarecer se houve infração ética ou administrativa na conduta de Derrite.