Dalvi Alcolumbre e Hugo Motta vão ganhar, neste sábado, dia 1º , as eleições para presidirem o Senado e a Câmara dos Deputados, respectivamente, mas isso não quer dizer que eles não terão adversários,
Na Câmara, Hugo Motta deve enfrentar os deputados Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel Van Hattem (Novo-RS), que já confirmaram suas candidaturas.
No cálculo da banca de apostas, Motta deve angariar 475 votos, enquanto Vieira deve levar toda a sua bancada de 14 parlamentares.
Já Van Hattem deve conquistar os quatro deputados de seu partido, além de alguns dissidentes do bolsonarismo raiz.
Vale um destaque para a candidatura de Henrique Vieira do PSOL.
Crítico da distribuição das emendas, o carioca vê a necessidade de avançar na discussão sobre transparência na destinação dos valores e defende o fim das emendas de comissão, principal impasse entre os Três Poderes na reta final do ano passado.
“O orçamento secreto não acabou, ele só foi atualizado por meio das emendas de comissão. São bilhões de reais que poderiam ser investidos de forma mais inteligente, pensando em melhorar a vida do nosso povo. Mas esse dinheiro fica pulverizado entre Lira e seus aliados, sem controle externo e sem transparência”, afirma.
“Eu acabaria com as emendas de comissão, que hoje significam a atualização do orçamento secreto: R$ 11 bilhões previstos para 2025”, completa.
Davi contra quatro candidatos ‘nanicos’
Seguindo os passos da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre está sereno quanto à votação deste sábado. É o favorito inquestionável e deve beirar os 75 votos, segundo a banca de apostas interna.
Mesmo com os votos no bolso, o amapaense deve enfrentar outros quatro adversários no pleito: Soraya Thronicke (Podemos-MS), Marcos do Val (Podemos-ES), Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE).
O caso de Marcos Pontes é o mais curioso. Ex-astronauta, o senador lançou uma candidatura independente, sem apoio do próprio partido e sob pressão de seus pares para recuar da ideia.