O padre católico José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco, foi um dos 37 indiciados pela Polícia Federal no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil, investigado desde janeiro de 2023. Ele já havia sido alvo da operação Tempus Veritatis em fevereiro, que cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão de indivíduos envolvidos no esquema golpista.
Conhecido por suas opiniões conservadoras nas redes sociais, o padre discutia temas como guerra cultural, aborto e a influência das músicas e divas pop na vida dos jovens. Ele é acusado de integrar o núcleo jurídico que assessoria os conspiradores, elaborando minutas de decretos que sustentariam o golpe. A Polícia Federal também apontou que o padre teria participado de uma reunião em novembro de 2022 com Filipe Martins e Amauri Feres Saad, outros investigados, no Palácio do Planalto, conforme os registros de entrada e saída.
O ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins, foi preso durante a operação. O padre José Eduardo foi informado pela PF de que precisará cumprir medidas cautelares, como a proibição de contato com outros investigados, a entrega de seus passaportes e a obrigação de não sair do país.