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Rádio - Clínica Santa Marcia

OS PLANOS A E B DE ACM NETO PARA A SUCESSÃO DE 2026, POR RAUL MONTEIRO

Parceria com politicia livre, Raul Monteiro jornalista

Está à vista de todos que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o nome preferido da direita, da centro-direita, do centro e talvez até de franjas da esquerda que desejam uma alternativa a Lula e a Jair Bolsonaro em 2026. Preparado, equilibrado, testado como técnico no governo Dilma Rousseff (PT) e como ministro de Jair Bolsonaro (PL), responsável pela bem sucedida gestão do maior Estado brasileiro, Tarcísio tem uma legião de fãs importantes no mundo político esperançosos de que ele dispute e ganhe a Presidência da República, pondo fim ao reinado lulista e também ao ciclo bolsonarista. 

Por enquanto, o governador de São Paulo tem, no entanto, uma pedra no sapato. Trata-se do próprio Bolsonaro, que está inelegível porque, entre outras estripulias, conspirou contra a democracia brasileira junto a diplomatas estrangeiros, e pode ser preso, mas insiste em que vai se candidatar. É uma mera forma de tentar manter coeso seu eleitorado para transferir seu espólio eleitoral a um de seus pimpolhos, possivelmente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que, como ele lá atrás, fugiu para os EUA, não se sabe se para tocar os negócios de que dizem ser sócio ou para conspirar junto ao tarifeiro Donald Trump contra o ministro Alexandre de Moraes.

Quando reafirma que vai concorrer, Bolsonaro exclui automaticamente da disputa gente como Tarcísio por um motivo simples: favoritíssimo à reeleição, o governador paulista não pode cometer a sandice de renunciar ao mandato em abril do ano que vem para enfrentar uma sucessão que, como as pesquisas vêm mostrando, está longe de ser fácil, sem a garantia do apoio unificado da direita e dos extremistas que circundam e são estimulados pelo ex-presidente. A justificável cautela com que Tarcísio observa o cenário não impede que ele agregue expectativas de que é extremamente competitivo para gente, por exemplo, como o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB). 

O líder das oposições baianas não está sozinho no time das lideranças estaduais e nacionais para as quais Tarcísio é o melhor candidato à sucessão presidencial que surgiu até agora. Só espera, como todos os demais, que ele se disponha a concorrer e que, acima de tudo, Bolsonaro não o atrapalhe com a insistência descabida na tese da própria candidatura. Neto, que empurrou a disputa para o segundo turno e quase ganha as eleições de 2022 na Bahia, sabe, mais do que ninguém, que precisa de um candidato forte à Presidência para puxá-lo, se for disputar de novo o governo do Estado, alavanca com que não contou e lhe tirou a vitória naquela sucessão. 

Mas também não pode ficar refém da decisão do governador de São Paulo, que, por sua vez, depende de que um improvável choque de racionalidade desperte a figura imprevisível e incontrolável de Bolsonaro a tempo de poder se preparar para a disputa. Neste contexto, surge Ronaldo Caiado (UB), o governador de Goiás que lançou sua pré-candidatura à Presidência da República na semana passada numa festa em Salvador, da qual Neto e o prefeito Bruno Reis (UB) foram os anfitriões. Caiado, que promete fazer o país crescer e resolver o problema da segurança, é o plano B com que Neto pode enfrentar o governador Jerônimo Rodrigues (PT), que vai vestido de Lula para a reeleição. 

*Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.

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