Com 52,48% dos votos válidos (nada menos que 116,8 mil indicações), Leonardo Sica, da chapa “OAB sempre em frente”, venceu a eleição para presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo (OAB-SP), realizada na última quinta-feira, 21.
A nova diretoria assume a entidade no triênio 2025-2027. Após a eleição, advogados que se consideram conversadores e que estavam nas chapas perdedoras afirmaram que a chapa de Sica seria progressista/esquerdista e estaria alinhada com posturas do governo Lula.
Os números mostram que o time de Sica tratorou (amassou) as chapas concorrentes; o segundo colocado (o ex-presidente) Caio Augusto teve 21,8% (48.661 votos), isso quer dizer que Sica conquistou quase três vezes mais votos que o segundo colocado. A chapa que ficou na 2ª posição na eleição da OAB-SP era composta também por Angela Gandra Martins, ex-secretária nacional da Família no governo de Jair Bolsonaro (PL); por Luiz Flávio Borges D’Urso, que presidiu a OAB-SP por três mandatos, tendo encerrado o último em 2012, e por José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares.
Em terceiro lugar, a chapa composta por Carlos Kauffmann e Lucineia Rosa dos Santos ficou com 11,75% (26.165 votos). Na sequência, Alfredo Scaff, que foi convidado a compor a chapa de Caio Augusto, mas preferiu concorrer em chapa própria pela segunda vez, ficou com 7,43% (16.553 votos). A chapa de Paulo Quissi, presidente da OAB de Carapicuíba, ficou com 3,37% (7.501 votos), enquanto a de Renato Ribeiro de Almeida, especialista em direito eleitoral, teve 3,11% (6.923 votos). Nos próximos dias o novo presidente da OAB-SP poderá dizer se as avaliações dos conversadores (derrotados) fazem sentido e se isso influenciará (e de que forma) a próxima gestão da OAB.