Gestão atual aponta R$ 74 milhões em débitos com fornecedores e aumento de 35% no custo do transporte público.
Nesta segunda-feira (24), o prefeito de Caraguatatuba, Mateus Silva, realizou uma coletiva de imprensa para apresentar um panorama financeiro do município. Em seu discurso, ele destacou que, desde 2016, o orçamento executado era de R$ 560 milhões, com uma arrecadação anual de R$ 13,3 milhões em juros bancários provenientes de aplicações de verbas públicas, totalizando cerca de R$ 1 milhão por mês. Os investimentos representavam 19% do orçamento, o equivalente a R$ 90 milhões anuais, resultando em mais de R$ 60 milhões em caixa ao final do mandato do ex-prefeito Antônio Carlos, seu pai, incluindo R$ 24 milhões reservados para custeio de obras.
Sobre as declarações do ex-prefeito Aguilar Jr., que afirmou ter deixado R$ 84 milhões em caixa, Matheus Silva esclareceu que aproximadamente 90% desse valor estava comprometido com despesas obrigatórias, inviabilizando sua utilização para outros fins, como o pagamento de fornecedores. Segundo ele, 120 empresas estão sem receber desde março de 2024, acumulando um débito de R$ 74 milhões.
O prefeito também abordou o aumento nos custos do transporte público. Em 2024, o valor do subsídio pago à empresa responsável pelo serviço subiu de R$ 10,68 para R$ 14,32 por passageiro, um reajuste de 35% nos gastos municipais. Em relação à zeladoria, informou que, no início da gestão, apenas sete caminhões operavam na coleta de lixo pela empresa Fort Norte. Após a aplicação de uma multa de R$ 400 mil, a frota foi ampliada para dez veículos, ainda abaixo da demanda necessária
