Investigação aponta desvio de mais de R$ 12 milhões dos cofres públicos.
Em Caraguatatuba, o Ministério Público de São Paulo (MP), junto com a Polícia Civil e a Polícia Militar, deflagrou nesta quarta-feira (18) a segunda fase da operação “Cais do Porto”. O objetivo é cumprir oito mandados de busca e apreensão para avançar nas investigações sobre um esquema de desapropriações fraudulentas que teria causado prejuízo superior a R$ 12 milhões.
DETALHES DA OPERAÇÃO
A ação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com o Setor de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold) e o 3º Batalhão de Ações Especiais (Baep). Os alvos incluem setores jurídicos do município e propriedades ligadas aos investigados.
Durante esta fase, a Justiça autorizou a quebra de sigilos bancário e telefônico de pessoas suspeitas de envolvimento no esquema, que inclui servidores públicos municipais e empresários. Os crimes investigados abrangem apropriação indébita, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
HISTÓRICO DA OPERAÇÃO
A operação foi iniciada em março de 2023, quando 26 mandados de busca foram cumpridos em Caraguatatuba e outras cidades da região, como São José dos Campos e Taubaté. Na ocasião, o bloqueio de bens e valores foi determinado, além do afastamento de cinco servidores públicos.
As investigações revelaram superfaturamento em processos administrativos de desapropriações e indenizações, especialmente em imóveis no bairro Porto Novo, com divisão irregular dos valores entre os envolvidos.
POSICIONAMENTO DA PREFEITURA
A Prefeitura de Caraguatatuba confirmou que promotores e policiais estiveram na Secretaria de Assuntos Jurídicos. A administração municipal declarou que o principal alvo das investigações é um ex-agente político que deixou o cargo em abril deste ano. A gestão afirma estar colaborando com a operação e forneceu os documentos requisitados pelas autoridades.