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Início » Blog » Cidades » CAMÂRA EM UBATUBA: VEREADORES REJEITAM QUARTO PEDIDO DE INFORMAÇÃO SEGUIDO 
São sebastião - Anistia

CAMÂRA EM UBATUBA: VEREADORES REJEITAM QUARTO PEDIDO DE INFORMAÇÃO SEGUIDO 

Parlamentares negaram acesso a dados sobre reforma de posto na Maranduba; oposição questiona postura

A Câmara Municipal de Ubatuba rejeitou, na noite desta terça-feira (6), o Pedido de Informação nº 12/2025, apresentado pelo vereador Adão Pereira (PSB), que solicitava esclarecimentos da Prefeitura sobre a reforma e compra de materiais para o Posto de Atendimento da Maranduba. Foi o quarto pedido formal negado ao parlamentar apenasem 2025.

Durante a discussão, o vereador Manuel Marques (PL) afirmou que “pedir é direito do vereador, mas negar também é”. Em sua fala, alegou que a fiscalização cabe ao Tribunal de Contas e relativizou a função do Legislativo. “A gente não sabe se a prefeita vai ser punida ou não”, disse.

A posição do parlamentar, no entanto, contraria o que estabelece a Constituição Federal. O artigo 31 determina que “a fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo”. Além disso, a Lei Orgânica de Ubatuba e o Regimento Interno da Câmara garantem ao vereador o direito de obter informações do Executivo — sendo a omissão configurada como possível crime de responsabilidade.

Na votação nominal, apenas dois vereadores foram favoráveis à solicitação:

Votaram a favor do pedido de informação:

Adão Pereira (PSB)

Jaque Dutra (PSB)

Votaram contra o pedido:

Ceará (MDB)

João Maziero (PSB)

Manuel Marques (PL)

Rogério Frediani (PL)

Silvinho Brandão (PL)

Não registraram voto:

Pastor Sandro Anderle (MDB)

Pastor Sérgio Alves (DC)

O presidente da Casa, Gady Gonzalez (MDB), conduziu a sessão, mas não votou.

Para Adão Pereira, negar o acesso a informações públicas é um grave retrocesso:

“Quando um vereador é impedido de fiscalizar, quem perde é a população. Estamos falando de verbas públicas, de reformas e compras, e ninguém quer responder? Isso é inadmissível.”

O caso reforça o debate sobre o papel do Legislativo no controle dos atos do Executivo. Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, os Tribunais de Contas possuem função técnica e opinativa, cabendo à Câmara o julgamento final das contas e a fiscalização direta dos atos da Prefeitura.

O autor do pedido de informação vereador Adão Pereira conversou com os jornalistas Brás Santos e Francisco Trevisan no Download da Guardiã

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