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Câmara de Diadema exonera servidora por indício de falsificação de diploma

A Câmara de Diadema exonerou na quarta-feira, 31, uma funcionária comissionada que teria apresentado um diploma com indícios de falsificação para assumir o cargo de chefe de gabinete. A polícia também investiga o caso

A ex-funcionária, Rosa Maria Tavares Caldeira, foi exonerada na última quarta-feira, 31, suspeita de ter apresentado um certificado de conclusão de curso de MBA em Gestão Pública com indícios de falsificação, é o que entendeu a Câmara de Diadema na decisão que culminou no desligamento da servidora. O Legislativo apurou como sendo falso junto à instituição particular de ensino. A funcionária assumiu, em junho, a chefia de gabinete do vereador Reinaldo Meira (Solidariedade) com salário de R$ 16.147,63. A polícia também investiga o caso.

O vereador disse que não tinha como saber se a funcionária tinha realmente um curso superior, disse que a análise de documentos compete aos departamentos da Câmara e ainda diz que foi vítima dessa situação. “Eu nomeei porque ela já foi funcionária da Câmara, em outros gabinetes e por vários anos. Eu analisei o currículo dela e me parecia bom para a função, já que fiz mudanças no meu pessoal e o rapaz que chefiava o gabinete precisou sair. Eu não fiz nada de errado, fui vítima de tudo isso. Fiquei sabendo hoje (01/08) pelo presidente Orlando Vitoriano (PT) que me comunicou a exoneração dela e o motivo. Eu disse que o presidente está totalmente certo, se eu soubesse, eu mesmo exonerava”, resumiu.
De acordo com informações divulgadas Tanto Meira, como a Câmara de Diadema, registraram boletins de ocorrência na polícia. Para o advogado especializado em Direito Eleitoral e administrativo, Arthur Rollo, a situação colocada é enquadrada como falsidade ideológica. “Tem que exonerar e, se for comissionada, tem que acionar para receber os valores de volta”, resumiu.
Em nota, a Câmara de Diadema confirmou a exoneração da funcionária e o registro na polícia. Segundo a Casa, a funcionária foi nomeada em 5 de junho e exonerada no dia 31/07. O documento apresentado pela funcionária, tem claros sinais de adulteração; o nome do responsável pela instituição está cortado o que pode significar que a imagem foi manipulada. A assinatura também parece ter sido completada com caneta diferente em alguns trechos.


O presidente da Câmara, vereador Orlando Vitoriano (PT), disse que a Câmara está seguindo uma determinação judicial de que os assessores devem ter curso superior. “Quando foi para fazer o período de transição o promotor deu dois anos para que os assessores pudessem concluir o ensino superior, então a maioria começou a fazer uma faculdade, a maioria é de Gestão Pública. O prazo para eles apresentarem os documentos de graduação terminou em 31 de julho, isso fez com que nós começássemos a olhar todos os documentos, inclusive dos anteriores. Essa menina já se apresentou como formada. Então vou instaurar uma sindicância, até porque essa servidora recebeu. Então vou olhar tudo, até para não caracterizar nenhum tipo de parcialidade com um vereador ou com outro”, explicou.

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