Em depoimento à Polícia Civil na investigação que apura mortes após o consumo de um bolo em Torres, Litoral Norte do RS, Deise Moura dos Anjos confirmou que tinha um relacionamento conturbado com a sogra, Zeli dos Anjos, e outros membros da família.
Deise, que está presa temporariamente, negou o crime que causou as mortes de três mulheres da família – irmãs e sobrinha de Zeli. Em nota, a defesa alegou que as prisões temporárias “possuem caráter investigativo” e que “ainda restam diversos questionamentos e respostas em aberto neste caso”.
O g1 RS teve acesso aos depoimentos, obtidos pelos repórteres Adriana Irion e Humberto Trezzi, do jornal Zero Hora. Veja abaixo alguns dos destaques.
Relacionamento conturbado com a sogra
Deise relatou à polícia que teve uma série de desavenças com a sogra, por questões financeiras e outros episódios ocorridos entre elas. A sogra teria até bloqueado Deise nas redes sociais após um desentendimento.
Inclusive, ela disse aos policiais que chamava a sogra de “Naja”. Porém, afirma que jamais desejou a morte da sogra e de ninguém da família. Sobre Paulo, marido de Zeli que morreu em setembro, ela afirmou que tinha um bom relacionamento.
Deise também contou aos investigadores sobre um desentendimento que teve com Tatiana Denize dos Anjos, sobrinha de Zeli, na época de seu casamento. Tatiana é uma das vítimas do caso.
Pesquisas na internet
Após o falecimento de Paulo, marido de Zeli, no dia 3 setembro de 2024, a suspeita afirma ter pesquisado no telefone sobre venenos fatais para seres humanos, pois pairavam dúvidas sobre o que poderia ter causado o óbito. Paulo faleceu após uma intoxicação alimentar e a polícia investiga se Deise tem relação com esta morte.
Após os três falecimentos ocorridos no Natal, ela também teria pesquisado sobre reagente químico fatal. Segundo Deise, o médico teria dito que o consumo do reagente poderia ter causado a morte das vítimas.