Roberta Close, ícone dos anos 80 e 90, completa 60 anos neste sábado, 7, longe do Brasil, mas sempre lembrada pela figura que representa no país.
Ex-modelo trans, desfilou para diversas grifes e se tornou nacionalmente conhecida por sua participação em programas de televisão. Mas ela é reconhecida até hoje, também, pelos preconceitos e adversidades que enfrentou. Nascida em uma família de classe média carioca, ela reconheceu ser uma mulher trans ainda na adolescência e sofreu com o preconceito.
Ao contar sobre sua identidade de gênero para seus parentes sofreu preconceito dentro de casa e decidiu ir morar com a avó para fugir de agressões. Aos 16 anos foi descoberta por um produtor, que a convidou para trabalhar como modelo.
Dois anos depois, ela realizou o sonho de colocar silicone nos seios e passou a desfilar para diversas grifes do nosso país e por todo mundo. Em 1981, Close chegou a ganhar o título de Miss Brasil Gay, mas a fama mesmo veio três anos depois, quando foi a vedete do carnaval carioca. No mesmo ano, Roberta posou para a Playboy, em uma edição especial, se tornando a primeira mulher trans a estampar uma capa da revista.
A cirurgia de redesignação sexual só foi realizada em 1989, em uma operação que ocorreu em Londres, na Inglaterra. No ano seguinte, finalmente posou para a Playboy mostrando o resultado da cirurgia.