O Ministério Público de SP, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), e a Polícia Civil do Estado de São Paulo, por meio do DEINTER 5, desenvolveram na última quinta-feira (31) a Operação Lobo Mau na região de São José do Rio Preto.
O objetivo foi o de desarticular uma ampla rede criminosa envolvida na produção, no armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil, conhecido como CSAM (Child Sexual Abuse Material).
Foi formada uma força-tarefa criada entre as instituições com o apoio da Homeland Security Investigations – HSI e da Embaixada dos Estados Unidos, com foco no combate à exploração sexual infantil na internet.
Ocorreram 23 prisões em flagrante distribuídas nos seguintes Estados: Pará, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Neste último, as detenções foram feitas nas cidades de São José do Rio Preto, Caraguatatuba, Jacareí, São Sebastião da Grama, Campinas, Itanhaém e Sorocaba.
Com o avanço das investigações, foi possível descobrir a existência de um número muito expressivo de criminosos que, dissimulando o fato de serem adultos, entram em contato com as crianças e adolescentes, por meio de variados tipos de plataformas digitais, para induzi-las a produzir conteúdo de nudez e até mesmo de sexo, com a finalidade de consumir o material produzido e depois distribuí-lo em grupos fechados de troca de mensagens, como o Telegram, o Instagram, o Signal e o WhatsApp, inclusive em jogos como o Roblox.
A denominação da operação refere-se justamente ao criminoso predador sexual que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual, onde as pessoas não se veem.
Dispositivos eletrônicos e outros equipamentos utilizados para a produção e armazenamento do conteúdo foram apreendidos para análise forense e as autoridades esperam que a ação contribua para a identificação de outros envolvidos na rede, além de reforçar a necessidade de atuação conjunta e contínua no combate a esse tipo de crime.