O artista, consagrado por papéis marcantes como Vlad em “Vamp” e Barbosa em “TV Pirata”, faleceu no Rio após complicações de saúde.
Ney Latorraca, um dos grandes nomes do teatro, cinema e televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (26), aos 80 anos. O ator estava internado desde o último dia 20 na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações de um câncer de próstata diagnosticado em 2019, que evoluiu para metástase. A causa da morte foi uma sepse pulmonar.
TRAJETÓRIA INSPIRADORA
Nascido em Santos (SP), em 25 de julho de 1944, Ney Latorraca era filho de artistas e desde cedo demonstrou interesse pela atuação. Estreou no teatro em 1964, com a peça “Pluft, o fantasminha”, e construiu uma carreira sólida que atravessou gerações. Sua estreia na televisão aconteceu em 1969, na TV Tupi, e, em 1975, chegou à Rede Globo, onde estrelou sucessos como “Escalada” e “Coração Alado”.
Seu talento e versatilidade o levaram a interpretar papéis inesquecíveis, como o vampiro Vlad, em “Vamp” (1991), e Barbosa, em “TV Pirata” (1988). Outros trabalhos marcantes incluem “Anarquistas, Graças a Deus” (1984) e “Estúpido Cupido” (1976). No cinema, atuou em mais de 20 longas-metragens, consolidando-se como um dos artistas mais versáteis de sua época.
UM LEGADO DE VERSATILIDADE
Ao longo de sua carreira, Ney foi reconhecido por sua capacidade de transitar entre comédia e drama, marcando presença em 18 novelas, 6 minisséries e 8 seriados na Rede Globo. Sua última participação na emissora foi no seriado “A Grande Família”, em 2011. No teatro, brilhou ao lado de Marco Nanini na peça “O Mistério de Irma Vap”, que permaneceu em cartaz por 11 anos e entrou para o Guinness Book como o espetáculo com maior tempo ininterrupto em cena.
DESPEDIDA
Ney deixa o marido, o ator Edi Botelho, com quem compartilhou 30 anos de união. Detalhes sobre o velório e enterro ainda não foram divulgados. Sua partida marca o fim de uma era e deixa um legado inestimável para a cultura brasileira.