Ao eminente Almirante Gustavo Calero Garriga Pires!
Na composição do atual Febeapá político brasileiro, a iniciativa da PGR, com o endosso do STF, de processar o deputado Eduardo Bolsonaro, pela prática de crimes contra a Soberania Nacional, parece estar destinada a figurar no topo das que resultam no oposto do propósito desejado. Ela resultará num inimaginável fortalecimento político da Família Bolsonaro, como nem ela própria, em eventuais momentos de incontrolável delírio, poderia desejar ou imaginar. De grande eleitor, possivelmente, o maior, isoladamente considerado, o ex-Presidente Jair Bolsonaro, em razão dessa ação conjunta de seus adversários – Lula, Alexandre de Moraes e Paulo Gonet – coadjuvados por figuras menores do PT no Congresso Nacional, além de ser elevado à posição de mártir da democracia, será o grande eleitor nas eleições de 2026, com potencial para eleger dois terços dos 54 novos senadores, incluídos os filhos, a esposa e quem mais se dispuser a votar pela redução dos mandatos dos ministros da Suprema Corte. Sem falar no filho caçula de Bolsonaro que deverá ser eleito deputado federal, por Santa Catarina, com uma das maiores margens de votos de nossa história. Se isso se concretizar, como pce, o impeachment do Ministro Moraes poderá vir a ser – ironia do destino – o preço a pagar pela manutenção do atual status quo do STF.
Em artigo de 25 de janeiro de 2024, sob o título O futuro que já aconteceu, apresentamos os motivos em razão dos quais o Governo Lula 3 se encontrava em marcha batida para o fracasso. Ali, sustentamos que “À luz desse conceito, a previsibilidade do fracasso do Governo Lula não é cassandrismo barato do tipo que se enquadra no wishful thinking ou pensamento condicionado pelo desejo, postura incompatível com a análise científica dos fatos sociais, fator conducente aos maiores naufrágios da saga humana, mais letais do que as duas guerras mundiais do Século XX, como aconteceu com a União Soviética e a China, enquanto estiveram submetidas ao guante do Comunismo que, na soma dos dois países, matou, segundo dados oficiais, consensuados pelos mais qualificados estudos acadêmicos, 127 milhões de pessoas, 68 na China, e 59 na União Soviética, sobretudo, nas administrações de Mao Tsé-Tung e Joseph Stalin. Hoje, a China e a Rússia se encontram sob o mais completo regime fascista. A partir do que se viu no primeiro ano daatual Administração, no Brasil, deveremos ter mais do mesmo nos três anos que restam: uma interminável barganha de cargos e emendas para assegurar o mínimo de governabilidade junto ao Congresso, para o que conta de modo, aparentemente, incondicional, com a maioria do Judiciário que compõe a engrenagem da dominação pela dominação que caracteriza o momento infeliz que vivemos nesta gigantesca República de Bananas, chamada Brasil”.
É verdade que não chegamos, sequer, perto do que viria a acontecer, um verdadeiro festival de besteiras que assola o País, trazendo-nos a essa condição de párias internacionais, lançados pelo irresponsável populismo petista. De fato, nosso Presidente passou a ser persona non grata para países tão distintos quanto os Estados Unidos, Israel, Ucrânia, Argentina e, com intensidade variada, por países da América do Sul e Europa. Explica-se porque “Alkmin, já, antes que seja tarde demais” seja palavra de ordem que se boceja entre dentes, na cúpula dos Três Poderes. A partir de agora, quando o Governo Norte-americano anuncia o propósito de processar o Ministro Moraes, a pressão tende a aumentar, sensivelmente! Ressalte-se que o novo embaixador americano, no Brasil, ainda está para ser anunciado! Imagine-se o que não poderá ocorrer a partir de quando o for!
Ainda naquele artigo de janeiro de 2024, dissemos que “no atual governo cresce, assustadoramente, todo tipo de criminalidade, contra o patrimônio e contra a vida, fato que resultaria, na percepção de muitos, do sentimento das organizações criminosas de que têm direito a uma gorda participação do botim nacional, tendo em vista o seu aferido papel eleitoral como fator decisivo na eleição do atual governo, percepção ampliada e aprofundada pela decisão do Judiciário de mandar soltar todos os acusados por assalto ao Erário, a começar pela anulação, por incompetência territorial, do processo que levou Lula à prisão. Um ex-governador do Rio, condenado a 420 anos em regime fechado, vem fazendo discursos, apoiados na lisura e na moralidade… E a patuleia ignara acompanha com fervor patriótico.”
Que Deus se apiede de nós!