Polícia Civil conclui inquérito e encaminha investigação para a Polícia Federal
Bruno Almeida Souza, de 41 anos, um dos sobreviventes do acidente aéreo ocorrido em Ubatuba no início do ano, relatou em depoimento que ficou apreensivo ao notar que o piloto tentaria arremeter a aeronave diante da pista curta do aeroporto. “Eu vi a pista acabando e pensei: ‘não vai dar’. Depois disso, minha memória apagou”, afirmou.
O acidente aconteceu em 9 de janeiro, quando um jato executivo Cessna 525 ultrapassou a pista do aeroporto e explodiu na Praia do Cruzeiro. O piloto, Paulo Seghetto, morreu no local. Os quatro passageiros – Bruno, sua esposa e dois filhos – sobreviveram, além de dois pedestres que ficaram feridos.
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso nesta segunda-feira (17) sem apontar a causa do acidente e encaminhou a investigação para a Polícia Federal. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) também apura o ocorrido.
Segundo dados da fabricante da aeronave e do próprio aeroporto, a pista de Ubatuba, de 940 metros, pode não ser suficiente para o pouso seguro do Cessna 525, que precisa de pelo menos 789 metros em condições ideais. No dia do acidente, a pista estava molhada e as condições climáticas eram ruins.
A aeronave, com matrícula PR-GFS, ainda se encontra em Ubatuba, em uma área no aeroporto.
A Guardiã da Notícia trouxe a informação em primeira mão, nos primeiros minutos doacidente, por meio do repórter Francisco Trevisan. A cobertura continua acompanhando os desdobramentos do caso.