Na última segunda-feira (16), a Comissão Extraordinária de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Municipal de São Paulo realizou uma Audiência Pública para discutir abusos da força policial durante o carnaval de rua da capital.
A audiência foi convocada pela vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL) e abordou casos de repressão policial a pessoas em situação de rua, vendedores ambulantes, artistas e foliões.
O evento contou com representantes de blocos carnavalescos, da Secretaria Municipal de Cultura, do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Ouvidoria da Polícia Militar. A Ouvidoria, representada por Melissa Carla Silva, informou que tem dialogado com os blocos de rua para resolver questões de dispersão e outros problemas. Já Rogério Custódio, da Secretaria de Cultura, destacou os desafios de conciliar o carnaval de rua com as demandas da população e os moradores das áreas onde ocorrem os desfiles.
Organizadores de blocos, como Lira Alli do “Arrastão dos Blocos”, pediram melhorias para o carnaval de 2025, com ênfase na redução de danos, como a distribuição de água e horários mais razoáveis. Juliana Matheus, do “Bloco Feminista”, levantou questões sobre a retomada do carnaval pós-pandemia e a falta de definições a menos de 60 dias do evento. Carlota Joaquina, do “Agora Vai”, criticou a infraestrutura, como a qualidade dos banheiros públicos fornecidos pela SPTuris, que, segundo ela, são inadequados e insalubres.