De 2014 a junho de 2024, 1.587 motoristas se envolveram em crimes de racha no estado de São Paulo, com uma média de quase um caso a cada dois dias. Os veículos mais utilizados em corridas ilegais são os populares, muitas vezes customizados para aumentar a velocidade, além de carros de luxo como Porsche, BMW e Mercedes.
Em 2024, os casos de racha aumentaram 84%, com 127 motoristas envolvidos no primeiro semestre, contra 69 no mesmo período de 2023. O crime é punido com prisão, suspensão da habilitação e multa. A promotora Celeste Leite dos Santos considera que acidentes com mortes em corridas ilegais deveriam ser classificados como homicídio doloso, com penas mais severas.
“Eu não morri por um milagre de Deus”. A frase é da massoterapeuta Maria da Silva, que precisou amputar uma das pernas após ser atropelada durante um racha entre duas Mercedes, em São Paulo. O caso ocorreu em maio deste ano e deve ser apresentado ao Ministério Público em janeiro de 2025, de acordo com delegado responsável. O advogado de Carlos André Pedroni, motorista que atingiu a mulher, não quis falar sobre o caso até a publicação da reportagem.
O crime de racha, como o que atingiu Maria da Silva, disparou em 2024 nas ruas paulistas.
