A força-tarefa montada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) para investigar a execução do delator Antonio Vinícius Gritzbach cumpre, na manhã desta sexta-feira, 22, oito mandados de busca e apreensão contra os policiais militares afastados por envolvimento no caso. Eles são apontados como integrantes da escolta particular do delator.
O site Metrópoles apurou que a operação tem como objetivo apreender os celulares e computadores dos agentes para que eles sejam analisados pela Corregedoria da Polícia Militar.
Os oito policiais militares envolvidos na apuração sobre a execução de Gritzbach foram afastados na semana passada. Segundo a SSP, eles já vinham sendo investigados há mais de um mês em inquérito policial militar instaurado pela Corregedoria da PM.
Segundo a SSP, os agentes já foram chamados pela Corregedoria da PM para prestar esclarecimentos no inquérito militar que apura o envolvimento do grupo na escolta do homem assassinado, atividade que fere o regulamento disciplinar da instituição.
Vinicius Gritzbach, de 38 anos, foi executado no último dia 8 de novembro, na frente de sua namorada e de dezenas de testemunhas na área de desembarque do aeroporto. Foram disparados, ao todo, 29 tiros de fuzil.
Ele era jurado de morte pelo PCC e acabava de retornar de uma viagem ao Nordeste, onde permaneceu sete dias com a namorada e seguranças particulares, entre eles um policial militar.
Policiais civis
Além dos militares, policiais civis citados na delação premiada de Gritzbach também são investigados por envolvimento em sua execução. A Corregedoria da Polícia Civil recebeu parte dos documentos da investigação, e deu início, em outubro, a uma apuração sigilosa, com providências administrativas preliminares para individualização da conduta de cada um.