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SÃO PAULO: POLÍCIA TRABALHA EM TRÊS FRENTES PARA ESCLARECER A EXECUÇÃO DO DELATOR DO PCC

Vinicius foi executado no dia 8 no aeroporto de Guarulhos. Ele teria recusado proteção oferecida pelo MP e contratou policiais militares para fazer sua segurança pessoal. O “bico” é considerado irregular pela Polícia Militar. As autoridades querem saber se esses agentes têm algum envolvimento no assassinato.

Foram identificados oito PMs. Todos eles acabaram afastados nesta semana pela força-tarefa. Até a última atualização desta reportagem nenhum deles havia sido indiciado ou responsabilizado pelo crime.

Esses mesmos policiais militares já estavam sendo investigados um mês antes da execução pela Corregedoria da PM justamente por fazerem escolta para Vinicius, que tem ligação com o PCC.

Os agentes afastados trabalham no 18º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM-M), na Zona Norte de São Paulo, onde atua a maioria do grupo, e do 23º BPM-M, na Zona Oeste da capital paulista.

Em 31 de outubro, oito dias antes de ser executado, ele foi ouvido pela Corregedoria da Polícia Civil e denunciou agentes da instituição que estariam tentando extorquir dinheiro dele. Os policiais denunciados trabalham no Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), no 24º Distrito Policial (DP), Ermelino Matarazzo, e no 30º DP, Tatuapé.

Um agente penitenciário investigado com Vinicius em um processo de homicídio, em que são corréus, também passou a ser investigado por suposta relação com a execução do empresário.

Vinicius tinha 38 anos e era corretor de imóveis no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Há alguns anos, ele passou a fazer negócios com Anselmo Bicheli Santa Fausta. Conhecido como Cara Preta, Anselmo movimentava milhões de reais comprando e vendendo drogas e armas para o PCC.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, Vinicius teria atuado para lavar R$ 30 milhões em dinheiro vindos do tráfico de drogas. De acordo com fontes da Polícia Federal, a maior parte dessas operações de lavagem foi feita com a compra e venda de imóveis e postos de gasolina.

Cara Preta e o motorista dele, Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, foram assassinados, e Vinicius começou a ser investigado junto com o agente penitenciário como responsáveis por essas mortes.

Em março, o empresário fechou um acordo de delação premiada com o MP com a promessa de entregar esquemas de lavagem de dinheiro do PCC e crimes cometidos por policiais.

Vinicius acusou um delegado do DHPP de exigir dinheiro para não implicá-lo no assassinato de Cara Preta. Além disso, forneceu informações que levaram à prisão de dois policiais civis que trabalharam no Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).

Nesse caso do possível envolvimento dos agentes de segurança na execução de Vinicius, a suspeita das autoridades é a de que o empresário foi morto como “queima de arquivo”. Justamente porque poderia delatar mais profissionais da segurança, por exemplo.

Procurada para comentar o assunto do possível envolvimento de um de seus agentes na execução do delator do PCC, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou por meio de nota que “atualmente, o servidor responde a três processos administrativos disciplinares na pasta, que poderão levar à demissão do serviço público.”

Outra linha de investigação é a de que ele possa ter sido morto a mando da facção criminosa por ter delatado quem eram os membros do PCC que faziam parte do grupo que lavava dinheiro. Além disso, Vinicius estaria devendo cerca de US$ 100 milhões que seriam de Cara Preta.

E uma terceira frente de apuração trabalha com a possibilidade de que alguém teria decidido matá-lo por alguma dívida financeira. Vinicius foi a Maceió cobrar dinheiro de uma pessoa, que lhe deu joias em troca. Elas foram avaliadas em cerca de R$ 1 milhão.

O homem que entregou as joias ao empresário passou a ser investigado também por suspeita de participar da execução de Vinicius. O quebra cabeça está montado.

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