As contas da Previdência Social fecharam setembro com um rombo de R$ 26,2 bilhões, de acordo com dados do Ministério da Previdência.
Esse valor representa um aumento de quase 20% em relação ao mesmo mês de 2023, quando o déficit foi de R$ 21,9 bilhões. O rombo ocorre porque o governo federal gastou mais com aposentadorias e pensões do que arrecadou para financiar esses benefícios.
Este déficit está diretamente ligado às dificuldades do governo em controlar os gastos obrigatórios, especialmente com aposentadorias, e ocorre em um contexto de pressão para ajustes fiscais. Até agosto de 2024, o déficit acumulado já somava R$ 239,6 bilhões, um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior. Com o resultado de setembro, a comparação piorou, com 2024 apresentando um déficit 3,1% maior que o de 2023.
O governo federal busca manter as contas dentro da margem permitida pelo arcabouço fiscal, com uma meta de rombo máximo de R$ 28,3 bilhões até o final do ano. No entanto, o Ministério da Previdência não respondeu aos questionamentos sobre as causas desse aumento no déficit.