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MORRE CID MOREIRA, ÍCONE DO TELEJORNALISMO BRASILEIRO, AOS 97 ANOS

Jornalista e locutor taubateano foi figura emblemática do Jornal Nacional por 26 anos, deixando legado na comunicação nacional

Na manhã desta quinta-feira (3), 2024, faleceu em Petrópolis, aos 97 anos, Cid Moreira, renomado jornalista e locutor taubateano, reconhecido nacionalmente por sua destacada carreira como apresentador do Jornal Nacional na TV Globo por 26 anos. Natural de Taubaté, no Vale do Paraíba, Cid Moreira iniciou sua trajetória no rádio em 1944, após ser descoberto por um amigo que admirava suas imitações e o incentivou a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Entre 1944 e 1949, ele narrou comerciais até se mudar para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.

Em 1951, Cid transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Foi na TV Rio, em 1963, que iniciou sua carreira no jornalismo televisivo com o “Jornal de Vanguarda”. Ao longo dos anos, Cid Moreira consolidou-se como uma das vozes mais confiáveis da televisão brasileira, apresentando o Jornal Nacional e sendo responsável por cerca de 8 mil edições do telejornal, segundo dados da Memória Globo. Sua voz marcante e sua postura séria tornaram-no uma figura emblemática, associada à credibilidade e à seriedade jornalística.

Cid Moreira não apenas liderou o Jornal Nacional, mas também participou de diversas outras emissoras, como Tupi, Globo, Excelsior e Continental, sempre mantendo seu compromisso com a informação de qualidade e a ética no jornalismo. Sua dedicação e profissionalismo inspiraram gerações de comunicadores, estabelecendo padrões elevados para a televisão brasileira.

Apesar de ter deixado Taubaté, Cid Moreira nunca rompeu seus laços com a cidade. Em 2017, visitou sua antiga escola e, em 2019, foi homenageado com uma pintura em sua honra na cidade, realizada por artistas locais como forma de reconhecimento à sua contribuição para a comunicação nacional. A ligação afetiva com Taubaté era evidente, refletida em suas escolhas pessoais e profissionais ao longo da vida.

Cid Moreira enfrentava problemas de saúde nos últimos anos, estando internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, onde tratava de uma pneumonia. A causa da morte foi declarada como insuficiência renal crônica. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o velório e o enterro, conforme familiares aguardam as providências.

A esposa de Cid Moreira, Fátima Sampaio, revelou que ele desejava ser enterrado em Taubaté, próximo à primeira esposa, filha e neto que já partiram. “Ele queria ficar perto daqueles que amava e que o antecederam. Vamos honrar esse desejo, mas também faremos uma despedida aqui em Petrópolis antes de levá-lo para sua terra natal,” disse Fátima em entrevista ao Encontro com Patrícia Poeta.

A morte de Cid Moreira representa a perda de um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro, cuja voz e presença marcaram gerações e contribuíram significativamente para a construção da identidade televisiva nacional. Sua trajetória é lembrada com respeito e admiração, deixando um legado duradouro na comunicação e na cultura do país.