A equipe de reportagem da A Guardiã da Notícia esteve em Caraguatatuba para investigar uma denúncia de crime ambiental, envolvendo o descarte irregular de resíduos em um terreno que, segundo a prefeitura, teria sido aberto após licenciamento da Cetesb. No entanto, a nossa apuração desmente as informações enviadas pela administração municipal.
No local, nossa equipe encontrou grande quantidade de lixo, coberto por uma fina camada de terra, evidenciando a tentativa de ocultar o descarte inadequado. Moradores da região estão indignados com a situação, que expõe tanto a falta de cuidado ambiental quanto o desrespeito ao bem-estar da comunidade.
A reportagem, assinada por Gabrielle Tricanico, revela a gravidade da questão e coloca em cheque as alegações da prefeitura, reforçando a necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre as práticas de descarte de resíduos no município.
VEJA NOTA DA PREFEITURA DE CARAGUATATUBA ENVIADA EM 17 de set. de 2024, 16:42:
A Prefeitura de Caraguatatuba informa, primeiramente, que as imagens em discussão não são atuais, portanto, não retratam a realidade atual das ruas do Recanto Vanja.
Os trabalhos de abertura de ruas do Loteamento Recanto Vanja, realizados pela Prefeitura no início do ano (fevereiro/2024), foram devidamente autorizados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), por meio de processo judicial nº 96183/2023, requerido pelo poder público.
Neste processo, a Prefeitura realizou dentro da legalidade e conforme exigida, a compensação ambiental de área verde. Ou seja, todo o processo de abertura do sistema viário do loteamento, composto por cerca de 400 lotes, é perfeitamente regular. Não há qualquer autuação que tenha chegado à Prefeitura referente ao Recanto Vanja.
No momento, nenhuma máquina da Prefeitura trabalha no local. Referente ao despejo de entulhos na área, vale destacar que parte do loteamento foi feito com a utilização do material, para terraplanagem das vias, prática legal e usual. E sobre o descarte de outros materiais à época da abertura, a empresa terceirizada foi alertada pela Secretaria de Serviços Públicos para que interrompesse a prática, o que foi acatada imediatamente.
